Em 2008,, em busca de crescimento através da pesquisa de textos, linguagens e estratégias cênicas, nascia o Grupo de Pesquisa Teatral Nós em Cena, que, percorreu várias cidades de nossa região apresentando contações de histórias e ministrando oficinas. No ano seguinte, certos de estarmos no caminho correto, nos instalamos em Rio Negrinho como Cia Teatral Nós em Cena com o objetivo de difundir o teatro enquanto objeto de arte e engrossar o caldo da produção artística da região. A 1ª Mostra Nossa de Teatro, realizada em 2011, é resultado dessa nossa caminhada, trazendo ao público nossos principais espetáculos de repertório, bem como espetáculos dos nossos alunos do Curso de Teatro Nós em Cena e de companhias de teatro convidadas, as quais cruzaram nosso caminho e ajudaram, de algum modo, a escrever nossa história.


quarta-feira, 18 de julho de 2012

A 1ª Mostra Nossa de Teatro - O Início de uma história.


Com o objetivo de promover um evento regional sólido e consistente na área das artes cênicas, pouco explorada no município, e criar um público apreciador do teatro, a Cia Nós em Cena lançou a 1º Mostra Nossa de Teatro.
A mostra contou com apresentações, oficinas, performances e manifestações artísticas, envolvendo trabalhos de repertório da cia, dos alunos de oficinas e participação de grupos de renome convidados para o evento.
As apresentações se deram no Espaço Lina Rückl e em espaços públicos, no período de 04 a 11 de Dezembro de 2011, sendo cobrado como ingresso um brinquedo novo ou usado, que posteriormente foram distribuídos pelos integrantes da cia em comunidades carentes.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Passarópolis


SINOPSE
 Fugindo de seus credores, dois homens compram um pássaro que os levará ao reino das aves. A ordem que lá existia é tumultuada com a chegada dos dois, que sugerem mudanças radicais na estrutura daquele espaço. Em um mundo onde todos querem ter vantagens, a lábia é a melhor arma. Nem mesmo os deuses do Olimpo estarão a salvo das trapalhadas causadas pela ambição de homens e aves. 
  

SOBRE O PROCESSO “PASSARÓPOLIS”
A idéia de encenar uma comédia, após tantos espetáculos densos como “Os Camaradas”, “A Parte Doente”, “Renato, o Menino que Era Rato” e “Volúpia”, mescla desejo e desafio a perseguir os integrantes da companhia.
No último semestre de 2009, o tema de estudo na Carona Escola de Teatro foi o teatro grego. Além de inspirar os alunos, os próprios professores da Escola sentiram-se contagiados com as comédias do mestre Aristófanes (447 a.C.). Acabaram convencidos de que encenar uma de suas obras na rua poderia resultar numa pesquisa interessante. A idéia virou projeto. “Palavras Aladas – Um Vôo em As Aves, de Aristófanes” foi inscrito e premiado no Edital FUNARTE Artes Cênicas na Rua 2009.Além de custear boa parte da montagem, o projeto incluiu uma ida à capital argentina, em El Astrolabio Teatro, sede da Periplo, Compañia Teatral, onde durante 10 dias os dois grupos trabalharam num processo que serviu de pontapé inicial para a criação do espetáculo.
“Julgo ser de extrema importância iniciar um processo onde não se venha com as respostas prontas e seguir por um caminho onde não se sabe o que vai encontrar. Para iniciar um novo aprendizado, com qualidade, é preciso que o ator tenha a coragem de se entregar ao “vazio”, e isso ocorre com os atores da Cia Carona. Além disso, o atual estado de maturidade da Cia Carona colabora muito, pois seus integrantes estão predispostos a transpirar criação e a ouvir o outro, quer seja o colega de trabalho, a direção, a dramaturgia e todos os outros elementos que constituem uma grupalidade”, diz Diego Cazabat, diretor da Periplo Compañia Teatral.
Voltar a trabalhar com o grupo argentino foi um grande impulso para retomar a pesquisa sobre o ofício do ator e sobre elementos específicos da atuação voltada à  comédia.
Além deste encontro, o projeto também trouxe a Blumenau dois dos atores-pesquisadores do LUME Teatro, da Unicamp-SP. Jesser de Souza trabalhou em dois momentos com a Cia Carona sobre o tema “O Ator Cômico na Rua”. Trabalhos sobre a percepção corpórea de si e do outro agora incluíram novos elementos, como o passante, o movimento contínuo da rua, a concentração nesse ambiente de dispersão, entre outros.
"Participar do Projeto Passarópolis só fez crescer a admiração e o respeito que já  nutria pela Cia. Carona, por seu trabalho rigoroso, meticuloso e refinado; por sua coragem em levar aos palcos encenações com propostas ousadas e necessárias; pela reflexão crítica e sensível traduzidas artisticamente de forma poética e contundente em seus espetáculos e, acima de tudo pelos parceiros muito queridos de longa data, cujo trabalho acompanho com carinho e apreço”, diz Jesser de Souza, ator-pesquisador do LUME Teatro, da Unicamp-SP. Já Carlos Simioni, também ator-pesquisador do LUME Teatro, da Unicamp-SP, trouxe seu conhecimento sobre técnica vocal num trabalho específico chamado “A Voz do Ator na Rua”. “Tive uma grata surpresa neste trabalho com a Cia Carona. Encontrei atores bem preparados, sérios, e com muito respeito pelo trabalho e com seu fazer teatral”, diz o ator, fundador do Lume. Para Pépe Sedrez, diretor da Cia Carona de Teatro, a oportunidade de voltar a encontrar-se com Lume e Periplo, as maiores referências na trajetória da Cia, por si só já são motivos de grande satisfação. “Não é fácil realizar encontros com profissionais tão reconhecidos no cenário teatral e com tamanha identificação com o trabalho da Carona.” Os encontros, para o diretor, não poderiam ter sido melhores. Passarópolis agradece.

SOBRE A DRAMATURGIA
Na opinião de Gregory Haertel, “trabalhar com a Cia Carona tem sido tentar criar, a partir de um coletivo, de uma família com idéias e vontades diferentes, uma única voz.” Em ‘Passarópolis’, ao se iniciar este processo, o que se ouvia com maior intensidade era o desejo pela comédia com uma incisiva crítica política.
“Somente a presença física nos ensaios e a proximidade com os integrantes da Cia Carona é que permite que este trabalho se dê assim, um interferindo no outro, porém sem que cada um tenha o seu espaço invadido”, acrescenta o dramaturgo. 
A adaptação propõe  a identificação do espectador com as aves através da incitação política questionando o quanto nós, espectadores, assim como as aves da peça, nos deixamos levar por promessas de uma felicidade que talvez nem nos faça falta e, pior, o quanto nos calamos diante de todos os ‘horrores’ e ‘maldades’ feitos em nome desta ‘felicidade’.  
Tanto no reino dos homens (o início da peça, que não existe no texto original), quanto no reino das aves, o que vemos são figuras que tentam ‘passar a perna’ umas nas outras em busca de vantagens, na maior parte das vezes, financeiras. 
Passarópolis, mais do que uma peça sobre um homem que ilude as aves e se torna rei entre elas, é sobre estas aves que, por se calarem, permitem que um homem reine sobre elas em seu próprio benefício.

sábado, 10 de dezembro de 2011

É Tentrando Que Se Desiste


SINOPSE
Intolerante com os absurdos do cotidiano, Claus, um clown mal-humorado, libidinoso e de saúde frágil, na companhia de sua mala e de seus remédios, brinca e se enerva com suas referencias de infância.

O CLOWN
Uma das atividades mais cotidianas do ser humano é o jogo. E jogar, para o clown/palhaço é elemento fundamental em sua estrutura, deixando se envolver constantemente por suas experiências, e sempre de forma fascinante [mesmo que o fascínio esteja nele mesmo]. Ele vive envolvido por uma 'liberdade' e cria seus próprios estados de 'autorização' e busca a aproximação com tudo a sua volta. E o que ele busca? 
Um sorriso!
Desde os anos sessenta manifesta-se um interesse pelo clown. Mas o clown não está mais ligado ao circo: trocou o picadeiro pela cena [palco ou rua]. A chave do personagem clown está naquilo que ele não sabe fazer, lá onde ele é fraco. Antes de qualquer coisa é aceitar-se e mostrar-se tal como se é. Existe em nós uma criança que cresceu e que a sociedade não permite aparecer; a cena a permitirá melhor do que a vida.
Em posse de um pequeno nariz vermelho, "a menor máscara do mundo", o clown sabe realizar seus fracassos com talento. E a comicidade normalmente surge, quando se percebe não o simples 'riso', mas sim, quando uma ação engraçada é orgânica. Ou seja, o 'riso físico'.

O ESPETÁCULO
O espetáculo é inspirado em uma pesquisa na linguagem do clown/palhaço, e que atualmente é desenvolvida através das aulas que ministro sobre a 'técnica/arte do palhaço/clown', leituras e cursos realizados com outros pesquisadores, que visam aprofundar o jogo ator/platéia, e sempre calcado em situações contemporâneas.
Para que o jogo se desenvolva, é necessário um espaço vazio [palco ou área semelhante, com utilização de iluminação específica ou outra disponível]. A história se desenvolve com o material que o próprio personagem [Claus, o clown] trás para a cena dentro de uma maleta, e os recursos utilizados são: bexigas de ar, confete, vitrola portátil, LP’s e recursos corporais para proporcionar a comicidade explorada nos objetos mencionados e possível intervenção com a platéia.

 

]FICHA TÉCNICA

ATUAÇÃO: James Beck
DIREÇÃO: Fábio Hostert

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ponto a Ponto


Quem conhece a Cia Teatral Nós em Cena já está acostumado às performances, espetáculos teatrais e contações de histórias feitas pelo grupo. Com a coreógrafa Jaqueline Roberta dos Santos que se juntou ao grupo este ano, foi criado um núcleo de dança.
Para mostrar um pouco do trabalho do grupo de dança Nós em Cena, Jaqueline criou a peça “As múltiplas faces da conquista”, com oito bailarinas, e se apresentou no Festival Municipal de Dança de Rio Negrinho 2011. As meninas se apresentaram na categoria infantil. O jazz predomina na peça, a qual resgata sensualidade e um estilo sofisticado dentro de uma montagem atual com elementos contemporâneos.
“Com o núcleo, buscamos estender as nossas atividades artísticas”, conta o diretor Fábio Becker. A maior aspiração dos idealizadores do projeto é a disseminação da dança de forma a agregar poética e estética à mesma enquanto objeto artístico. As oito bailarinas formaram o segundo grupo da categoria infantil a mostrar o talento na noite de abertura do festival, o qual ocorreu nos dias 26 e 27. “Ensaiamos muito e as meninas estão de parabéns pelo esforço e dedicação demonstrados tanto nos ensaios como no dia do espetáculo”, comenta Jaqueline dos Santos.
Para dezembro, a Cia Teatral Nós em Cena prepara a 1ª Mostra Nossa de Teatro. Ao todo serão oito dias de espetáculo, oficinas e apresentações artísticas, não apenas no quesito teatro, como também na dança, tudo isso em meio à programação do Natal Encantado, em Rio Negrinho. Além das peças que compõem o repertório do grupo e dos núcleos infantil e juvenil mantidos pela companhia, o Nós em Cena pretende reunir espetáculos de companhias convidadas, situadas em outros municípios onde o teatro possui mais intensidade. 

Tá Chovendo Histórias


Companhia de São Bento presente na mostra

Criada em 2005, a “Cia. Caravana do Sonhar” é formada pela atriz e contadora de história Alessandra Nascimento e pelo ator e músico Rafael Padawan. Desde sua criação o grupo se dedica à arte de contar histórias. Uma mescla de amizade e admiração pelo trabalho feito pelos são-bentenses, motivou a Cia Teatral Nós em Cena a convidá-los a se apresentarem na 1ª Mostra de Teatro.
A contação “Ta chovendo histórias” será apresentada às 16 horas, no Espaço Lina Rückl, terceiro piso do Shopping Rückl. “Trata-se de um passeio pelo universo lúdico da literatura”, conta Alessandra. Ela e Padawan utilizam instrumentos musicais, onomatopeias e técnicas teatrais para dar cor e forma às três histórias do espetáculo: “A colhedora de pensamentos”, “Como surgiu a noite” e “O Canto do rouxinol”.
A partir de desejos e experimentações em cursos, oficinas, workshop, debates e muitos, muitos livros. A Cia. Caravana do Sonhar é inquieta garimpeira de contos, causos e invencionices, buscando realizar de forma particular a tarefa de convocar imagens, ideias e lembranças através da utilização lúdica do espaço cênico.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Era Só Uma Brincadeira


Teatro educativo
O espetáculo “Era só uma brincadeira”, da Cia Teatral Arlequim, de Rio Negrinho, está marcado para as 19h30, no Espaço Lina Rückl, terceiro piso do Shopping Rückl. A peça aborda, de forma divertida, várias formas de bulling e a possível repercussão deste naqueles que sofrem tal agressão, ilustrando várias situações comuns ao dia a dia dos estudantes. Entre elas, as formas de tratamento entre amigos, a relação entre a realidade dos alunos e a idealização que os pais fazem dos mesmos e, principalmente, as coisas que fazemos sem pensar, usando como desculpa a frase “Era só uma brincadeira”.

Dirigido pelo conceituado diretor da companhia Tespis, de Itajaí, Max Reinerdt, a peça já percorreu diversas cidades de Santa Catarina. Com o passar do tempo, passou por algumas modificações na tentativa de atrair ainda mais a atenção dos espectadores. Na mostra, conforme Pedro Bueno de Almeida, Smorf, ator que participou da primeira montagem do espetáculo, a peça será apresentada conforme a ideia inicial do diretor de Itajaí.
A Companhia Teatral Arlequim foi fundada em 1990 para divulgar a cultura e a arte rio-negrinhense. Tudo começou por brincadeira. Um dia, os irmãos Pedro e Altamiro Bueno de Almeida, conhecidos por Smorf e Smorfinho, saíram pelo centro da cidade com a performance “Os Sombras”. O sucesso foi tanto que começaram a surgir vários convites. Tempos depois, montaram a primeira peça "Pregaram uma peça na peça" e saíram em apresentações por toda a Santa Catarina. Ingressos para assistir “Era só uma brincadeira” podem ser adquiridos na hora ou antecipadamente no jornal A Gazeta de São Bento e Rio Negrinho a R$ 5 ou um brinquedo em bom estado de conservação.

Ficha técnica “Era só uma brincadeira”
Direção: Max Reinerdt
Elenco: Altamiro Bueno de Almeida e Maicon Vieira
Produção: Cia Teatral Arlequim

In Natura


Teatro para as ruas e para os palcos

Rio Negrinho

Hoje a 1ª Mostra Nossa de Teatro, promovida pela Cia Teatral Nós em Cena oferece um presente para a cidade com o espetáculo de rua “In Natura”. Para este não será cobrado ingresso, pois como teatro de rua é aberto ao público. A apresentação está marcada para as 16h30, no Museu Carlos Lampe. O dia é marcado por apresentações de companhias locais. Além da Nós em Cena, quem também se apresenta é a Cia Teatral Arlequim, com a peça “Era só uma brincadeira”.
Em um mundo perfeito e colorido, onde o amor constrói cada coisa, um pai desesperado, buscando a todo custo proteger a filha da maldade humana, e um artista como tantos outros, com sonhos comuns e carregando consigo a esperança nos homens. Estas são as personagens da história. Mais do que reclamar o quanto o homem é capaz de destruir, esta história traz a esperança de um mundo melhor baseada justamente no potencial de amor que este mesmo homem tem para oferecer.
“Alteramos a peça, pois ela estava muito ‘Xuxa e os duendes”, brinca o diretor Fábio Beckert. Antes da reformulação, ao invés de um músico ser levado a um mundo feito com garrafas pet, construído embaixo de um lixão, ele ia para um mundo perfeito, onde a poluição ainda não teria chegado. Dos muitos bonecos preparados para a peça, permaneceu apenas um, o alter ego da personagem Pestana.
A reformulação aconteceu duas semanas antes da estreia do espetáculo, em Três Barras. O grupo montou a peça para falar um pouco sobre a filosofia que defende da reciclagem e preservação do meio ambiente. “É possível fazer coisas belíssimas do lixo, está aí o Natal Encantado que não nos deixa mentir”, observa a atriz Deisi Corrêa, a qual confeccionou todo o cenário de flores feitas com pets e o biombo construído a partir de portas de armário reutilizadas.

Ficha técnica In Natura
Dramaturgia e Direção: Fábio Beckert
Figurinos: Astrid Lindroth e Deisi Corrêa
Cenografia: Deisi Corrêa
Trilha Sonora: Fábio Beckert
Elenco: Deisi Corrêa, Fábio Beckert e Jean Knetschik
Produção: Cia Teatral Nós em Cena